A obesidade trata-se de uma doença crônica extremamente perigosa para a saúde e que pode gerar inúmeras outras patologias, podendo assim ser fatal.
Algumas projeções, como aquelas realizadas pela organização internacional World Obesity Federation, demonstram que até o ano de 2030, em torno de 30% de toda a população adulta do Brasil vai sofrer com essa doença.
Os dados atuais, divulgados em 2021 pela Vigitel, demonstram que 22% de toda a população adulta do país está obesa, conforme pesquisa do Ministério da Saúde.
Com isso, fica claro como é fundamental haver uma maior conscientização sobre a importância de controlar o peso e prevenir essa e outras doenças decorrentes dela.
Aqui neste conteúdo, vamos explorar mais a respeito da obesidade e os riscos dessa doença, algo que todo profissional de saúde precisa conhecer bem!
O que é a obesidade?
A obesidade trata-se de uma doença crônica e que conforme definido pela própria Organização Mundial da Saúde, caracteriza-se como um acúmulo excessivo ou anormal na quantidade de gordura no corpo.
Se há décadas atrás essa doença já era sinônimo de preocupação, os números que têm tido um aumento de forma epidêmica nos últimos anos deixam tudo mais sombrio.
Afinal, isso faz com que a obesidade torne-se um problema de saúde pública importante a nível mundial.
Essa doença é multifatorial, o que significa que ela tem diversas causas, como questões comportamentais, biológicas ou genéticas, culturais, entre outros.
Na verdade, para que uma pessoa desenvolva a obesidade é necessário que ela tenha um perfil genético que seja de maior risco junto a fatores tanto sociais quanto ambientais.
É o caso do sedentarismo e do consumo de calorias de forma excessiva, bem como de alimentos que são ultraprocessados.
Problemas endócrinos, o uso de determinados medicamentos e distúrbios do sono também podem impactar diretamente para que uma pessoa torne-se obesa, pela dificuldade de controlar o peso.
A obesidade é definida por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal, chamado de IMC, que divide o peso do indivíduo pelo valor da sua altura ao quadrado (ou seja, a altura multiplicada por ela mesma).
Sempre que o resultado desse cálculo estiver entre 25 a 30, isso quer dizer que a pessoa encontra-se com sobrepeso, algo comum em cerca de 57% de todos os adultos no Brasil.
Já se o número for maior do que 30, aquela pessoa é categorizada dentro do nível de obesidade.
Números da obesidade no presente e futuro
As informações que a World Obesity Federation trouxe sobre o futuro da saúde da população mundial é impactante de um modo negativo.
Segundo esses dados, mais que 1 bilhão de pessoas ao redor do planeta deverão sofrer com essa doença crônica até o ano de 2030, algo que até 2010 era apenas a metade disso.
O aumento do consumo de alimentos refinados e dos industrializados tem um impacto grande no aumento da obesidade, inclusive em países onde as taxas dessa doença eram baixas.
O Brasil, se a projeção feita pela organização se confirmar, deverá tornar-se o 4º país com maior número de pessoas com sobrepeso ou obesidade até 2030, com mais de 30% da população obesa.
Assim, ficaríamos atrás apenas de países como Estados Unidos, China e Índia, que possuem uma maior população e com mais pessoas acima do peso.
A projeção ainda indica que a maioria das pessoas sofrendo com a obesidade até 2030 seria de mulheres no Brasil, inclusive isso é algo reconhecido pela própria comunidade e na literatura médica.
Basta observar que para cada três mulheres que são operadas em cirurgias bariátricas, apenas um homem passa pelo mesmo procedimento, mostrando que pessoas do sexo feminino têm uma maior prevalência dessa doença.
Quais doenças a obesidade pode ocasionar?
Além do fato de ser uma doença crônica, segundo a OMS, a obesidade ainda pode acabar causando outras patologias.
As pessoas obesas tendem a sofrer com o desenvolvimento de doenças como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca, colesterol alto, entre outras.
Logo, isso tem um impacto direto sobre a economia dos países e também nas finanças dessas pessoas, que precisam gastar mais com remédios e tratamentos de saúde.
Dito isso, vamos mostrar um pouco mais sobre as principais doenças que podem ser ocasionadas pela sociedade.
Hipertensão
Uma das principais doenças que as pessoas com obesidade sofrem é a hipertensão, que é caracterizada pelo aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos, comum em quem está acima do peso.
O surgimento dessa patologia tem relação, em especial, com o consumo excessivo de alimentos que contêm sódio e também gorduras saturadas.
Além do mais, a falta da prática de exercícios físicos de forma regular leva a uma compressão dos vasos, o que aumenta a pressão dentro deles.
A hipertensão é vista como um tipo de doença “silenciosa”, já que não é sempre que os sintomas dela podem ser percebidos, dificultando assim seu diagnóstico.
Diabetes
Mais uma doença que as pessoas com obesidade desenvolvem e que tem como principal característica o aumento dos níveis da glicose sanguínea.
A diabetes pode vir a surgir por conta de dificuldades para secreção da insulina, que é o hormônio que é produzido dentro do pâncreas.
Sem a insulina, que tem a função de levar às células a absorverem a glicose para o seu exterior, essas moléculas ficam acumuladas no sangue, um processo conhecido como hiperglicemia.
As pessoas com excesso de peso não só possuem uma desregulação na produção da insulina, mas também correm o risco de sofrer com a resistência a esse hormônio nos tecidos, ocasionando a doença.
Hipertrofia Ventricular
O coração, como todos sabemos, é fundamental para o funcionamento do corpo, visto que ele é o responsável por bombear sangue para todas as partes.
A doença conhecida como hipertrofia ventricular ocorre devido a um aumento no tamanho do músculo do coração, e isso pode vir a gerar um problema de parada cardíaca de forma repentina, sem qualquer sintoma prévio.
Este tipo de doença é mais comum nas pessoas com obesidade, visto que o coração precisa trabalhar muito mais para que possa levar o sangue a todo o volume e a uma maior estrutura corporal.
O tratamento e a prevenção da obesidade
A obesidade pode ser tratada de diferentes formas, o que exige em geral uma multidisciplinaridade, como melhoria nos hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e uso de medicamentos específicos.
A melhor solução, claro, é sempre a prevenção, até porque assim poderemos evitar aqueles números previstos para 2030.
Sendo assim, é fundamental que você consiga realizar uma prevenção eficiente em seus pacientes, mantendo-os sempre saudáveis através da prática de atividades e de um consumo alimentar regular.
Com o licenciamento Eu Magro, você poderá usar o nosso método para aplicar com seu paciente em seu consultório ou clínica.
Dessa forma, ele conseguirá os resultados esperados em termos de perda e manutenção do peso, evitando assim o desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade.
A prevenção é sempre o melhor caminho!
Conclusão
Como foi visto aqui, a obesidade é uma doença que já apresenta números alarmantes atualmente, mas que tem uma projeção ainda mais assustadora para o futuro.
Neste conteúdo, mostramos a você um pouco mais a respeito dessa doença, alguns dados que devem ser conhecidos e ainda como ela pode afetar a saúde no desenvolvimento de mais patologias.
O que achou do conteúdo sobre os riscos da obesidade e a sua previsão para o futuro?